Notícia
Sua imagem vale alguma coisa?
Essa reflexão me veio após ler uma notícia na mídia hoje sobre a perda de mais de 2 Bilhões de reais da rede Carrefour nos últimos dias após um homem ser assassinado em sua loja na cidade de Porto Alegre.
Pergunta forte para começar esse artigo, concordo. Mas para que possamos pensar e refletir sobre o verdadeiro valor de nossa imagem é necessário ser um pouco profundo em nossa análise e assim ser, até por que não, dizer um pouco duro.
Essa reflexão me veio após ler uma notícia na mídia hoje sobre a perda de mais de 2 Bilhões de reais da rede Carrefour nos últimos dias após um homem ser assassinado em sua loja na cidade de Porto Alegre.
E antes de tratar desse incidente, pense um pouco quanto vale a sua imagem pessoal. Você como homem, mulher, pai, filho, amigo… De fato, não é um exercício simples, mas diria que é importante você refletir e provavelmente chegar à conclusão de que aquele antigo ditado de que leva um tempo enorme para construir uma imagem e poucos segundos para destruí-la é verdade.
Uma imagem bem vista, independente do contexto, leva tempo, custa sacrifícios, investimento e sua manutenção talvez seja até mais difícil que sua construção. O que vale dizer aqui é que a busca incessante pela forma ética e correta de agir é que garante uma boa imagem.
Levando nossa reflexão para o mundo corporativo, isso não e muito diferente. Existe um tempo e esforço (inclusive financeiro) para se construir uma imagem. Uma empresa ou uma entidade leva anos para se consolidar no mercado como uma empresa aceita pela comunidade.
O fato é que independente de anos ou meses, um escorregão pode levar todo esse esforço a perder, e é nesse sentido que a busca pela integridade deve ser recorrente com investimento, energia e muito esforço.
Nesse contexto é que os programas de compliance são vitais para construir e manter uma imagem. Algumas ferramentas de um programa de integridade podem ajudar e contribuir para que uma empresa se mantenha com uma imagem sólida.
Partindo assim para a análise do fatídico episódio ocorrido em Porto Alegre, gostaria de refletir nesse artigo sobre duas oportunidades inclusas no Programa de Compliance: Treinamento e Due Diligence.
A contratação de um fornecedor ou de um terceiro devem ser precedidas de uma investigação sobre quem é essa empresa. Desde a sua situação fiscal, que pode trazer consequências ao contratante, passando pela regularidade trabalhista (principalmente na cessão de mão de obra) até a qualidade dos serviços prestados.
É durante a Due Diligence que se tem a clarificação da situação desse terceiro, de indícios, que podem sim, trazer um juízo de valor sobre a qualidade e idoneidade desse que está ainda na qualidade de um pretenso fornecedor ou prestador de serviços.
E a Due Diligence é o primeiro passo. O contratante deve se certificar que no caso da cessão de mão de obra, a empresa forneça profissionais preparados e qualificados. É aqui que entra em cena os treinamentos. Segundo a Associação Brasileira dos Cursos de Formação de Vigilantes, um curso de vigilante dura 200 horas. E segundo a mesma Associação, existe muitas empresas contratando profissionais sem esse período de treinamento e formação.
Essa busca por profissionais não qualificados tem uma explicação – preço. De acordo com a Associação, um contrato de vigilância armada custa entre R$ 22 e R$ 24 mil ao passo que as empresas clandestinas esse valor cai para R$ 15 mil.
Uma economia real, sem dúvida. Mas qual o custo dessa barganha? Aqui voltamos para o enunciado desse artigo. Essa pseudo economia custa uma imagem. E não se iluda de que esse arranhão custa caro apenas para uma empresa global do porte do Carrefour. Não! Um dano à imagem por exemplo, em uma cidade pequena, com uma empresa local, tem uma consequência devastadora.
Daí, e de tudo o que falamos aqui, fica uma resposta ao título: Sua imagem vale muito. Cuide e invista. Ter um Programa de Compliance é um excelente investimento. Sempre relembro por exemplo uma estatística internacional de que cada US$ 1,00 investido em compliance tem um retorno de US$ 5,00.
*Luiz Nóbrega – Consultor de Compliance