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Notícia

22/10/2015 09:18:29

Dólar volta a subir e encerra o dia cotado a R$ 3,94

A moeda norte-americana atingiu o maior valor em quase três semanas por causa da incerteza em relação à política econômica brasileira e tensão com o baixo crescimento da China

Em um dia de turbulência no mercado financeiro, a moeda norte-americana voltou a subir e fechou no maior nível em quase três semanas. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (21/10) vendido a R$ 3,943, com alta de 1,03%. A cotação está no maior nível desde o último dia 2 de outubro (R$ 3,946).

O dólar operou em alta durante toda a sessão, mas a valorização da moeda norte-americana intensificou-se no fim da manhã.

Na máxima do dia, por volta das 12h20, a cotação atingiu R$ 3,96. Durante a tarde, o ritmo de alta diminuiu um pouco. O dólar acumula queda de 0,57% em outubro, mas subiu 48,3% em 2015.

O Banco Central (BC) continuou com a rolagem (renovação) de contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade monetária renovou 10.275 contratos que venceriam em novembro.

Nessa modalidade, o BC não leiloa novos contratos, apenas prorroga o vencimento dos papéis em circulação.

No Brasil, a valorização da moeda norte-americana está associada à notícia de que o governo está revisando a meta fiscal do ano que vem, que até agora é de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país). A estimativa é de que o rombo nas contas públicas seja de R$ 50 bilhões neste ano.

Isso eleva a incerteza sobre se o governo conseguirá equilibrar as contas, principalmente em um cenário de crise política. Além disso, a valorização do dólar foi influenciada pelo cenário internacional.

A Bolsa de Xangai, na China, caiu 3,47% nesta quarta-feira (21/10), a maior queda em cinco semanas, em reação às notícias de que a segunda maior economia do planeta cresceu 6,9% no terceiro trimestre, a menor taxa desde 2009.

O indicador refere-se à taxa anualizada, quando o crescimento de um trimestre é projetado para o acumulado de 12 meses.

A desaceleração da China afeta fortemente países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil.

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